sexta-feira, 27 de agosto de 2010



E então eu coloquei as roupas na mala... Meia dúzia ou um pouco mais... Deixei pra trás aquele travesseiro babado, mas fiz questão de levar o sutiã furado... Confesso com os olhos rasos d’água... Sai de mansinho, bem assim, bem de fininho pra não ver ninguém, pra não chorar mais do que alem... Alem do necessário alem do que a situação pedia e mandava. Eu corri enquanto a covardia lutava contra a vontade de ir embora... Talvez ninguém compreenda os meus motivos de sair ... Eu fugi... Agora parece não ter mais volta, mas eu quis assim é a minha fraqueza e não a sua... Sem mais fingimentos... É mais do que chegar a hora que quiser comer e fazer o que bem entender é muito mais do que se olhar no espelho e dizer agora eu tenho de cuidar de mim... Ainda não tenho a menor ideia do que pode e vai me acontecer trouxe o medo dentro da mala mas ele nesse momento é tão pequeno que se perdeu no meio da bagagem ...

.*. Sempre existe uma saída mesmo que ela pareça a mais incerta.*.